Ausência. Palavra que implica vários sentimentos e que no entanto faz prevalecer apenas um, sendo este predominante pela personalidade do indivíduo afectado, seja esta constituída pela raiva ou a aceitação. Porém, esteja o indivíduo entre ambos ou não, a sua sanidade é sempre volátil.
Nada é para tudo assim como tudo está para nada. Nós aqui, e ele acolá.
Nunca se vêem apenas se sentem, apenas pensam e é pelo pensamento que um existe, sem ele, nada é o que aparenta ser, especialmente, se ele não existe e nós existimos ou se nós não existíssemos e ele existisse, sendo esta última muito mais plausível para terminar a nossa pequena insanidade, exterminando toda a racionalidade presente ou ausente do nosso alcance.
Esforçamo-nos para sobreviver, já nem queremos viver, apenas sobreviver. Esta deve prevalecer porque viver vai para além das meras subsistências. É lamentável que tudo isto se complique quando ele se torna uma subsistência, imprescindível à sanidade, ao afecto e à dimensão do pensamento. Quão inocente nós podemos ser? Tão patética que é a nossa existência, tão ridícula que é a nossa imaginação, sem qualquer evolução nem ascenção do máximo que o tal nos pode dar.
Nada disto nos interessa, para quê pensar se não vale a pena? Ele não nos vê, ele não nos sente, ele não se identifica connosco e por consequência a vida não tem sentido quando a solidão é inevitável para aqueles que permanecem imutáveis à transição da racionalidade humana. Sendo tão volátil a nossa pequena e patética personalidade desejamos somente que não abrem uma porta que depois não consigam fechar.
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